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Title: Fornecedores esperam aumento de até 40% em contratos neste ano
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Por  Jacilio Saraiva | Para o Valor, de São Paulo Fornecedores de soluções de TI para a área da saúde devem investir mais de US$ 20 milhões ...
Por Jacilio Saraiva | Para o Valor, de São Paulo



Fornecedores de soluções de TI para a área da saúde devem investir mais de US$ 20 milhões no Brasil, em 2013, no desenvolvimento de novas tecnologias. Para conquistar hospitais e centros de exames, apostam em sistemas de compartilhamento de informações clínicas entre unidades médicas, impressoras de imagens diagnósticas que usam papel comum e a criação de atestados digitais, com acesso via smartphones. Alguns fabricantes esperam um aumento de até 40% nos contratos, ainda em 2012.
Na americana InterSystems, a área de saúde corresponde a 70% do faturamento no país. A cartela de clientes inclui o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e o Hospital Português, de Salvador (BA). "Este ano, a expectativa é que essa fatia cresça 40%, em relação a 2011", diz Carlos Eduardo Nogueira, diretor geral para a América Latina.
O carro-chefe da marca são sistemas que consolidam e compartilham informações clínicas, entre diferentes unidades hospitalares. "Além de gerar um registro completo dos pacientes, desde dados cadastrais até exames, o conceito de 'saúde conectada' promove o compartilhamento nacional de registros, baseado em prontuários eletrônicos que são atualizados sempre que o cidadão vai a um hospital", diz.
O modelo já existe na Europa e nos Estados Unidos e está sendo implantado no Brasil e Chile. "O sistema facilita o acesso dos profissionais a dados vitais dos pacientes e economiza recursos ao reduzir pedidos de exames". Um dos clientes, o governo do Distrito Federal, finaliza um projeto que envolve a integração de informações clínicas de 14 hospitais, 17 laboratórios e 63 centros de saúde. Mais de três milhões de pessoas já foram cadastradas.
Em 2013, a InterSystems pretende investir US$ 20 milhões na área de saúde, no Brasil, no aperfeiçoamento de tecnologias e na ampliação da força de vendas. O montante é 30% maior do que o aplicado em 2012.
Em maio, a paulista Benner, da área de softwares para gestão empresarial, e a multinacional Alert, que atua em 12 países, selaram uma joint venture que pretende atingir um faturamento de R$ 300 milhões, em até três anos. A oferta combina os produtos de prontuário eletrônico e gestão clínica da Alert com os sistemas de gestão hospitalar, administrativa e financeira da Benner.
Na Benner, os contratos no setor representaram 42% do faturamento em 2011, ou R$ 32 milhões. Para 2012, a previsão de crescimento nos negócios é de 28%. "Vamos aumentar a participação e lançar novos produtos em 2013", diz a diretora comercial da Alert & Benner, Lucrécia Oliveira, que planeja inflar a atuação na área pública.
Com a união com a Alert, a equipe focada no mercado de saúde será composta por cerca de 400 colaboradores, distribuídos nos escritórios de São Paulo, Maringá (PR) e Belo Horizonte. A empresa já atende o Instituto Nacional do Câncer, no Rio de Janeiro, e a Santa Casa de Misericórdia, em São Paulo. "Do total de R$ 25 milhões que vamos investir em pesquisa e desenvolvimento em 2013, R$ 6 milhões irão para a área de saúde". O valor é 20% maior que a verba investida em 2012, pela Benner.
"O segmento de saúde da Everis está iniciando no Brasil, mas nosso objetivo é conseguir o mesmo nível de contribuição de escritórios em outros países, que é acima de 20% da receita", afirma Vicente Olmos, sócio do setor de saúde da multinacional de consultoria de negócios e tecnologia, que tem cinco escritórios instalados no país.
As soluções para o nicho médico respondem por 10% do faturamento global da Everis, que foi de US$ 564 milhões, em 2011. Incluem desde a definição até o desenvolvimento, implantação e operação de sistemas em hospitais, redes assistenciais públicas e seguradoras. Um dos contratos brasileiros envolve a melhoria da cadeia de faturamento do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Nos próximos anos, um dos focos da companhia será investir em parcerias público-privadas (PPP).
Do mercado de impressão de documentos, a Oki tem 15% do faturamento obtido no setor hospitalar. Em 2011, essa parcela era de 11% e meta para 2012 é chegar a 20%. "A atuação é direcionada a clientes que querem reduzir os custos de impressão de exames", diz Márcio Marquese, gerente de marketing.
A marca tem equipamentos para a reprodução de ultrassonografias, tomografias computadorizadas e ressonâncias, e deve lançar uma nova impressora, ainda em segredo, nos próximos meses. A estratégia é oferecer imagens diagnósticas em papel comum, com uma redução de custo de até 60%, se comparado a operações com filmes fotográficos. "A despesa de produção em papel chega a valer 1/3 de um exame realizado em filme".
Na Veus Technology, que tem 100% da receita obtida no mercado de laboratórios de análises clínicas, uma das novidades em 2012 é o atestado médico digital, feito para a Associação Paulista de Medicina (APM), com 30 mil associados. "O serviço garante a autenticidade na emissão dos documentos com certificação digital e pode ser usado nos dispositivos móveis dos médicos", afirma o diretor Marcelo Teixeira Botelho. A solução, que deverá ser distribuída para outros Estados brasileiros, ainda permite que os atestados sejam consultados e armazenados por tempo indeterminado.
Fonte: Valor - Matéria impressa do jornal acesse o link  

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