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Title: Headhunters estão otimistas sobre contratações em 2012
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Por  Rafael Sigollo | De São Paulo Além da preocupação com a crise internacional, o mercado interno brasileiro já dá sinais de desaqueciment...


Por Rafael Sigollo | De São Paulo
Além da preocupação com a crise internacional, o mercado interno brasileiro já dá sinais de desaquecimento com o fraco desempenho de setores como indústria e serviços, que deixaram o PIB estagnado no terceiro trimestre do ano. Mesmo diante de tantas incertezas no cenário econômico, headhunters ouvidos pelo Valormantêm previsões otimistas para o próximo ano em relação ao mercado de contratações de executivos.
Na opinião de Alexia Franco, diretora da empresa de recrutamento Hays, mesmo com algumas ressalvas, as perspectivas ainda são positivas. Isso porque não houve pausa nas operações neste fim do ano. "O primeiro trimestre de 2012 deve ser de ajustes e planejamento. O mercado talvez não tenha tanta liquidez e externamente fique mais fechado. Mas a partir de março, o cenário deve se definir", diz.
Uma pesquisa da empresa de recrutamento Michael Page com 500 executivos (CEOs, vice-presidentes, diretores, gerentes executivos e gerentes) de companhias nacionais e multinacionais, com faturamento de até R$ 1 bilhão ao ano, revelou que 63% dos respondentes afirmaram que suas empresas aumentarão os investimentos de maneira geral em relação a 2011. Entre as organizações brasileiras, o número chega a 67%.
Fernando Mantovani, diretor de operações da Robert Half em São Paulo, também aposta que o crescimento continuará em 2012 - mesmo que, possivelmente, em uma taxa menor. "O problema é que nossos parâmetros mudaram. Ficamos mal acostumados", brinca. Ele destaca que os setores de agronegócio e telecomunicações vão ser fortalecidos, assim como os de óleo e gás, que devem ganhar espaço também fora do Rio de Janeiro. Já a construção civil deve diminuir o ritmo no braço residencial.
O diretor é otimista em relação às oportunidades de emprego para o próximo ano. Em sua opinião, o "compasso de espera" em que as empresas estavam nos últimos meses já terminou. "Elas viram que o mundo não vai acabar. Os projetos precisam ser realizados e ainda falta mão de obra. É preciso seguir em frente", analisa.
Para Marcelo Braga, sócio da consultoria em recursos humanos Search, as companhias que adiaram seus planos durante o segundo semestre deste ano vão ter de agir. "Elas precisam se decidir sobre as ações de curto prazo e implementar as estratégias". O headhunter destaca que os carros-chefe serão tudo o que está ligado a bens de consumo, infraestrutura e educação. Outra tendência, na opinião de Braga, é que o Brasil cada vez mais "tome conta" da América Latina. "Muitas posições regionais que ficavam em Miami estão sendo transferidas para o nosso país, criando oportunidades e movimentando executivos", ressalta.
Denys Monteiro, sócio-diretor da empresa de recrutamento Fesa, garante que o Brasil continua relevante em diversos mercados e no topo da lista de investimentos internacionais. "Muitas empresas ainda estão se instalando no país e as multinacionais sabem que têm uma possibilidade de retorno grande aqui."
O sócio-diretor da Korn/Ferry International, Alexandre de Botton, também vê o Brasil como um dos poucos países com potencial para investimentos internacionais. "As empresas querem se posicionar bem para os próximos três ou quatro anos no mercado local", diz. Ele alerta que existe risco real de as empresas mudarem o planejamento caso haja um colapso no sistema financeiro europeu, mas que o mercado tem muita expectativa para os acordos que estão sendo costurados até o fim do ano. No nível executivo, segundo Botton, a perspectiva é que a demanda por profissionais com capacidade de geração de receita e aumento de eficiência operacional (fazer mais com menos) continue alta.
Monteiro reforça que o bom executivo ainda vai ser muito disputado pelas companhias. Em 2012, a exemplo do que aconteceu este ano, os empregados darão as cartas no mercado brasileiro. "É um momento oportuno para reavaliar a carreira, alinhar as expectativas e refletir sobre os desafios que se quer assumir", aconselha.

Fonte: Valor Econômico 

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